terça-feira, 17 de junho de 2008

"O silêncio que ninguém ouviu" (Por Laís Bastos da Silva)


“O silêncio que ninguém ouviu”

Arnaldo Antunes, juntamente com Marcelo Jeneci, Betão Aguiar e Chico Salem, fez uma brilhante temporada de shows neste final de semana em Curitiba. Os ingressos estavam previstos para iniciarem a venda a partir das 12h do dia 11/06 (Quarta Feira), cheguei um pouco antes das 11h e me deparei com cinco ou seis pessoas na fila que, em pouco tempo, aumentou e invadiu as portas do Teatro da Caixa, local onde foram realizados os shows. A aflição e nervosismo começaram ali, a regra era clara, direta e inquestionável: Apenas dois ingressos por pessoa. Fãs como eu e Márcia, que pretendíamos comparecer nos quatro dias, tiveram de optar por dois dias. Fãs que não puderam enfrentar a fila, perderam, o que é muito triste, pois o horário era ruim, muitos trabalhando,estudando. Eu, por exemplo, pretendia comprar para várias pessoas, mas tive que “dar meus pulos” para conseguir o ingresso da minha mãe e o da minha irmã. Depois desta aflição, outra preocupação: “Será que conseguimos na primeira fila”, “O que você vai trazer para ele autografar?”, “Vai falar com ele sobre o fã clube?”, “Em que dias você vêm?”. Dúvidas e mais dúvidas. Boas amizades foram feitas e alguns reencontros. Ingresso na mão, sorriso nos lábios, alívio no coração e ansiedade em tudo.
Soube que não demorou muito para que fossem esgotados, bom para alguns, ruim para outros.
Quinta feira (12/06): A temporada carregada de talentos e emoções, teve início. Ainda não consegui conversar com ninguém que foi no primeiro dia, imagino que deve ter ocorrido tudo bem.
Sexta feira (13/06): Quando sentamos, não nos conformamos com a distância do palco, mínima. Um pouco mais de 21h, Chico, Marcelo e Betão entraram no palco tocando “Fim do dia”, música perfeita para começar um show daqueles. Não entendo muito de música, mas eles entendem e, a impressão que tenho, é que escolhem como primeira aquela que vai arrancar fortes emoções do público, pelo menos foi o que aconteceu comigo. E eu esperava que fosse “Não vou me adaptar”, mas esta veio mais tarde. Quando Arnaldo Antunes entrou no palco, as palmas e a música ganharam vida juntamente com o sorriso dele. Senti o coração na garganta, era o início de bombardeios tanto no meu corpo, quanto no meu espírito. O show foi cheio de surpresas e durou cerca de uma hora e meia, tirei algumas fotos, tentei fazer vídeos, mas eu não tenho paciência para ficar cuidando de câmera numa hora dessas.
O Arnaldo tem uma presença de palco incrível, é como mencionei no texto “Um ser de outro mundo?”, mais abaixo, pura poesia. Ele dança conforme nós gostaríamos de dançar ao ouvirmos a música, ele encena, expressa, revela. Fantástico. Não há palavras exatas para descrever o que se sente em seu show, é preciso estar lá, respirar a música, viver os gestos.
Os músicos que o acompanham são talentosos e alegres. Destaco Jeneci, que roubou a cena em “O Silêncio”.
Quando o show chegou ao fim, lamentamos é claro, ninguém cansou, todos queriam mais. E eu teria mais.
Sábado (14/06): Pelo que ouvi do lado de fora do Teatro, o público estava mais animado e o que gostei, e muito, foi que, em “O Silêncio”, o público realmente ficou em silêncio quando era preciso, achei o máximo. Fiquei me emocionando sem vê-los.
Domingo (15/06): A temporada chega ao fim, para a tristeza dos que já estavam se acostumando com a presença quente de Arnaldo e Cia na cidade fria. O show estava previsto para iniciar às 19h, mas atrasou um pouco. Em contrapartida, quando entraram no palco,o Teatro ficou menor do que já é e, desta vez chorei, choraria mais se não respirasse fundo e cessasse a sensibilidade que, ao vê-lo, tornou-se frágil, rasgante.
Fechado com chave de ouro, o show de Domingo foi, em minha opinião, o melhor, o mais emocionante. Tudo bem que em “O Silêncio” não se ouviu silêncio algum, mas as vozes, palmas e corações transcenderam o Teatro. Sorte da minha irmã que nunca tinha ido num show do Arnaldo e da Ana, minha amiga, que também é fã, mas só pôde ir no último dia. Numa palavra: Extraordinário.
Eu não consegui fazer nada a não ser pedir ao Arnadão que não demorassem para voltar. Poucas vezes se recebe um carinho e uma atenção tão especial de um ídolo. O Arnaldo Antunes é um exemplo de artista, sim artista e não "estrelinha", que tem talento de sobra e diversificado, e ainda, dá aos fãs o valor que eles merecem. Educado, querido...
Acredito que, em nome de todos os fãs, posso afirmar que só temos a agradecer por esses momentos inesquecíveis que Arnaldo e banda conseguiram nos proporcionar, fervendo a cidade não com barulho, mas com um ar musical cercado de brilho e emoção. Um sonho!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Fã Clube Curitiba -PR

"O QUE VOCÊ QUER SABER DE VERDADE"





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